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Uso de inteligência artificial no RH representa uma nova fronteira da eficiência corporativa

por Leandro Oliveira, Diretor do Brasil e de EMEA da Humand

É fato que a inteligência artificial vem redefinindo a forma como as empresas operam e, particularmente, a gestão de pessoas tem se tornado um dos principais focos dessa transformação. Os dados comprovam esse cenário. De acordo com o estudo “AI for HR”, da Distrito, 34% das empresas já utilizam IA em seus departamentos de RH, e outras 49% estão em processo de implementação. É notável que não se trata de uma tendência ageira, mas de uma movimentação estratégica com impacto direto nos resultados: companhias que aplicam inteligência artificial em suas rotinas de recursos humanos registram um aumento médio de 19% na receita e uma redução de até 15% nos custos operacionais, segundo a Deloitte.

Essa revolução silenciosa nas estruturas organizacionais vem ressignificando o papel do RH, que deixa de ser um setor essencialmente operacional e a a ocupar um espaço central nas decisões estratégicas da empresa. O avanço das plataformas de RH baseadas em IA não apenas automatiza processos repetitivos, como a triagem de currículos e o agendamento de entrevistas, mas também viabiliza ações mais personalizadas, como a identificação preditiva de talentos com maior probabilidade de turnover ou a criação de programas de onboarding moldados de acordo com o perfil de cada colaborador.

Em um mercado que exige agilidade e assertividade, a inteligência artificial permite que plataformas de RH se tornem hubs inteligentes de gestão de talentos. Para se ter uma ideia do impacto, soluções integradas para comunicação corporativa e cultura organizacional já demonstram ser capazes de reduzir até 25% dos custos de TI, ao mesmo tempo que ampliam a eficácia dos processos internos. Isso representa uma mudança de paradigma: investir em tecnologia para o setor não é mais uma opção somente, é uma alavanca de competitividade.

Outra frente de impacto está na gestão da performance. Ferramentas com IA conseguem reunir e cruzar dados de múltiplas fontes para gerar avaliações mais completas, eliminando vieses e promovendo uma leitura clara e objetiva sobre o desempenho dos colaboradores. Além disso, ao oferecer trilhas de aprendizagem personalizadas com base em desempenho, competências e interesses individuais, a tecnologia também impulsiona o desenvolvimento contínuo de talentos, tornando o RH um agente ativo na retenção e evolução dos profissionais.

Os chatbots inteligentes não ficam para trás e hoje já são aliados estratégicos dentro das plataformas corporativas também. Eles assumem funções istrativas, respondendo dúvidas, orientando sobre políticas internas e apoiando os times em suas rotinas, o que libera a equipe de recursos humanos para se dedicar a tarefas de maior valor agregado, como a formação de lideranças, o fortalecimento da cultura organizacional e a promoção da inovação.

Ou seja, o momento agora é de mapear estratégias e assumir o protagonismo. A adoção de soluções baseadas em IA não significa substituir profissionais, mas empoderá-los com dados precisos e insights aplicáveis no dia a dia. É isso que transforma o RH em um verdadeiro centro de inteligência e estratégia dentro das organizações.

As empresas precisam estar atentas e desenhar soluções que dialoguem com as demandas de um mercado cada vez mais dinâmico. Ao mesmo tempo, é essencial que mantenham o compromisso com o fator humano, colocando as pessoas no centro das organizações, agora com o apoio de plataformas tecnológicas que agregam eficiência, inteligência estratégica e escalabilidade aos processos.

Leandro Oliveira é head de EMEA e mercado no Brasil. O executivo traz consigo mais de 20 anos de experiência no setor de tecnologia e desenvolvimento de projetos, sendo cerca de 12 desses atuando em cargos de liderança. Com pós-graduação pela Heriot-Watt University e MBA Internacional em istração e Gestão pela IE Business School, Oliveira conta ainda com um histórico comprovado de sucesso na implementação de projetos estratégicos de TI alinhados aos objetivos de negócio, com foco em inovação e crescimento dentro do mercado financeiro, além de sólida expertise em arquitetura de sistemas, segurança cibernética e democratização do o à tecnologia.